sábado, 30 de abril de 2011

Senna, o Mito

Dia 1º de maio de 1994. Eu estava sentado na frente da TV ao lado de meu pai e meu irmão, para torcer pelo maior ídolo brasileiro da época, Ayrton Senna.
Com apenas 14 anos de idade, sonhava em ser como ele, um campeão mundial. No caso de Senna, tricampeão ( 1988, 1990, 1991 ).
Na época, ainda uma criança, no momento da largada, não me lembrava mais do terrível acidente da sexta, nos treinos livres, que havia acontecido com Rubens Barrichello ( Jordan ). Nem da morte do piloto austríaco Roland Ratzemberger ( Simtek ), nos treinos classificatórios de sábado.
Minha mente estava direcionada apenas a uma pessoa, Ayrton Senna. Ele era o pole position da prova e seria seguido pelo  piloto alemão Michael Schumacher ( Benetton ).
Senna seguido por Schumacher
Naquele dia, meu pai, meu irmão e eu, estávamos confiantes na vitória de Ayrton Senna. Mal sabíamos nós, que aquele seria um dos dias mais tristes de nossas vidas.
Logo após a largada, a Benetton de J.J. Letho, ficou parada no grid, e Pedro Lamy, não conseguiu desviar sua Lotus do carro parado. A batida foi muito forte, mas felizmente não teve consequências graves para os dois pilotos.
O Safety Car foi para a pista, e permaneceu na frente dos pilotos por 4 voltas. Na quinta, ele vai para os boxes, e a corrida recomeça.
Câmera do carro de Schumacher, Senna na frente
Senna começa a se distanciar de Schumacher, mas na sétima volta, na curva Tamburello, a Williams do piloto brasileiro não contorna a curva e vai direto ao muro.
Não posso descrever o que passou naqueles momentos em que a voz de Galvão Bueno narrava o que estava acontecendo. A entrada da equipe médica na pista, o atendimento ao piloto, e seu transporte para o hospital.
A angústia de esperar durante mais de duas horas, para saber notícias sobre o que aconteceu com ele.
Não almoçamos, não mudamos o canal, não saímos da sala.
Depois desse tempo que pareceu eterno, a notícia. Ayrton Senna da Silva estava morto.
Nunca me sairá da memória a imagem de meu pai escondendo os olhos com as mãos e chorando. Nunca mais esquecerei as lágrimas que também derramei naquele momento.
Funeral de Senna
São 17 anos, e ainda assim, choro quando me lembro de Ayrton Senna.
Chorei na primeira vitória de Rubens Barrichello em Hockenheim na Alemanha, por me lembrar de Senna.
Chorei na primeira vitória de Felipe Massa na Turquia.
Chorei quando Barrichello fez a pole no Brasil em 2009.
Barrichello ao lado de Senna
E não tenho vergonha de dizer que passei 90 minutos chorando ao assistir ao documentário feito por Asif Kapadia em 2010.
E nesse dia 1º de Maio de 2011, completam 17 anos da morte de Ayrton Senna. E o Blog Lingua Preta não poderia deixar de homenagear esse ídolo.
Por isso deixamos aqui, 4 vídeos que mostram alguns momentos da grandiosa carreira de Ayrton Senna.
E como ele mesmo sempre dizia que Deus estava sempre ao seu lado, desejamos que ele agora esteja ao lado de Deus.
Nunca te esqueceremos.

Senna vence no Brasil 1993 ( clique e veja )

Senna vence no Brasil 1991 ( clique e veja )

Senna cede vitória ao companheiro Gerhard Berger

Senna salva a vida de Eric Comas

Nenhum comentário:

Postar um comentário